"O Espírito Santo é o maior líder de louvor!"

sexta-feira, outubro 08, 2010

A Feitura de um Adorador - Parte 2

Por David Wilkerson
25 de novenbro 2003
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O Senhor Colocou Israel Diante de Uma Situação Impossível
Por Duas Razões

As escrituras nos dizem que o próprio Senhor orquestrou essa noite negra e tempestuosa para o Seu povo. Primeiro, foi Deus que os guiou ao vale junto ao mar: "Disse o Senhor a Moisés: Fala aos filhos de Israel...vos acampareis junto ao mar" (Êxodo 14:1-2). Também foi Deus que endureceu o coração do faraó contra Israel: "Endurecerei o coração do Faraó, para que os persiga" (14:4). Por que Deus faria isso?

Primeiro, o Senhor nos diz: "Serei glorificado em Faraó e em todo o seu exército; e saberão os egípcios que eu sou o Senhor" (14:4). Segundo, Deus queria que o Seu povo entrasse no deserto que se aproximava - como adoradores. É por isso que lhes era importante que emergissem do mar Vermelho agora com adoração no coração. Deus queria não murmuradores e reclamações, mas verdadeiros louvadores. Ele havia chamado Israel de herança - o povo que personificava o Seu eterno propósito sobre a terra. Por isso, eles deveriam ser exemplos vivos de Sua fidelidade para com um povo em suas maiores provações.

O cenário era o seguinte: Israel estava agora acampado junto ao mar. O povo havia erigido suas tendas e estava se alegrando na liberdade recém encontrada. Depois de quatrocentos anos de cativeiro, Deus os havia tirado da fornalha férrea do Egito. E agora festejavam ruidosamente ao provar o primeiro sabor da liberdade. Eles estavam cheios daquela esperança que a liberdade traz, cantando e gritando: "Acabaram as chibatadas, acabaram as perseguições. Finalmente estamos livres". Eles também estavam entusiasmados pelas promessas que Deus lhes havia dado. Ele lhes havia dito basicamente: "Há um novo dia à sua frente. Tenho uma terra prometida um pouco adiante, esperando que vocês entrem nela".

Essa cena representa de modo pungente o cristão libertado por Deus do seu pecado. O crente se rejubila na liberdade que acabou de encontrar, liberto de todas as escravidões passadas. De repente, ele está vivendo algo maravilhoso de salvação e libertação. E possui um cântico santo no coração - pois está vivendo nas promessas de Deus.

Essa era a situação de Israel ao acampar junto ao mar. O povo havia se conscientizado de que Deus estava cumprindo todas as Suas palavras para com eles. Ele lhes havia escolhido para serem Sua herança, e agora os estava trazendo de volta para Si mesmo. Eles estavam prestes a se tornarem adoradores, cujo testemunho serviria como luz brilhante ao mundo.

Contudo, na hora de sua maior paz, o inimigo buscou devorá-los. Exatamente no ápice da liberdade de Israel, na hora da esperança maior, o ataque veio. Os egípcios chegaram bramindo sobre eles como leões, sob o comando do faraó. E era um exército demoníaco claramente resolvido a levá-los de volta à escravidão: "Perseguiram-nos os egípcios, todos os cavalos e carros do Faraó, e os seus cavalarianos, e o seu exército e os alcançaram acampados junto ao mar" (14:9).

A informação chegou súbita e inesperada: "Os egípcios estão chegando! O exército do faraó está vindo com toda a força sobre nós". Isso enviou ondas de choque sobre o acampamento. Os líderes de Israel escalaram as colinas mais próximas, de onde viram grandes nuvens de pó se levantando pela gigantesca marcha. Centenas de cavalos e cavaleiros se aproximavam, seguidas por legiões da infantaria. A terra tremia com o troar de 900 carros de ferro.

Que cena terrível. Ela tornou em pedaços qualquer esperança no acampamento: "Os filhos de Israel levantaram os olhos, e eis que os egípcios vinham atrás deles, e temeram muito" (14:10).

Eu me pergunto: quantos cristãos já experimentaram esse tipo de terror, bem no máximo da sua paz? A minha família e eu certamente já o experimentamos. Lembro-me de um telefonema tremendo uma noite, quando minha esposa disse: "O seu irmão morreu. Foi um ataque do coração". Ou a ligação terrível sobre nossa preciosa netinha: "Tiffany tem um tumor cerebral". Lembro-me dos telefonemas chocantes recebidos por muitos membros de nossa igreja: "O caroço que você palpou é maligno. Venha ao consultório médico já, por favor".

Esse foi o tipo de chamado súbito e assustador que Israel recebeu. As escrituras citam a reação das pessoas: "(elas) levantaram os olhos, e eis que os egípcios vinham atrás deles, e temeram muito" (14:10). O povo de Deus concentrou a atenção na terrível situação em que estavam. E o grito era: "Não há saída. Estamos encurralados. Vamos morrer".

O que eles fizeram a seguir nos diz tudo quanto ao status de Israel como adoradores: "Os filhos de Israel clamaram ao Senhor" (14:10). Não se engane: não era clamor de adoração. O clamor do povo era: "Por que o Senhor permitiu isso, Deus? Depois de todos aqueles anos de escravidão o Senhor nos libertou; mas para quê? Pra morrermos nas mãos do faraó? Depois de tanta dor e sofrimento, é aqui que vamos acabar?... O Senhor nos encheu de promessas, nos libertou, nos deu grandes promessas. Mas mesmo assim, quando obedecemos a Tua palavra, o Senhor deixa que o inimigo caia sobre nós. Por que faz isso com a gente? Era melhor para nós no tempo do Egito. Se for assim que tudo vai acabar, então não vale a pena Te servir".

Você já se sentiu assim? Foi isso que você disse naquela hora terrível? A amargura cresceu em você? Você chorou, como Israel, "O quê fiz para merecer isso? Eu escolhi Te amar, Deus; fiz o possível para seguir a Tua palavra, e Te servir. Por que está me tratando assim? Só vejo mais dor à frente".

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