O que move um adorador? Seu coração!
Na maior parte das vezes, somente somos levados e movidos pelo nosso cantar, não pelo nosso louvor, e isso nada nos traz de benção.
A adoração pára de ser o foco de nossas vidas, e nos preocupamos mais com o nosso cantar.
Mas, nada deve ocupar o lugar do Senhor em nossos corações.
A lição do vale, tão conhecida, ainda é a mais eficaz.
Há cerca de dois meses, descobri que eu sofria de uma doença respiratória: a asma!
Pra muitos, isso pode parecer algo normal, ou sem grande relevância. Quantas pessoas nascem com asma e sobrevivem até a fase adulta, tranquilamente?!
Mas...ai é que se encontra o detalhe. Nascer com a enfermidade é diferente de adquiri-la.
Imagine você, à frente de um ministério de louvor, que ainda está começando, e você sem poder cantar. Qual a sua utilidade? Eu não tinha nem mesmo tempo pra me adaptar a uma voz errada!
Eu lembro, que naquela semana, da descoberta, eu recebi a oportunidade de cantar uma canção solo, porém convidei minha amada irmã Quellen para me acompanhar.
Eu ainda não sabia as consequencias, as mudanças que aquele mal podiam trazer pra mim, até que chegou o momento em que, em meio à canção, eu não tinha fôlego para sustentar uma nota sequer.
Tentei, me esforcei, e graças ao auxílio da Quéllen, pude terminar a ministração de "Aclame ao Senhor, toda a terra e cantemos/Poder, majestade, louvores ao Rei".
Eu não contei a ninguém, mas naquele momento eu me senti esvaziado.
Tudo pelo que lutava, me esforçava, se tornou pó.
O que eu iria fazer? Não tinha outros planos, outros sonhos, que não os relacionados à música.
Pensei seriamente em parar.
Eu não teria condições de me reeguer, me adaptar à nova situação. Não podia cantar "falhado", e nem ministrar meia-palavra.
Foi então que, em silêncio, em meio às lágrimas, eu "cantei" ao Senhor: "Se é na fraqueza do meu ser/Que manifestas teu poder/Eis-me aqui, dependo de ti''.
A letra da canção em minha mente doía como flechas, mas o Espírito do Senhor curando minha alma, me fazia esquecer de tudo, e lembrar que eu era somente um vaso. Só isso.
E que aquele era o momento em que ele estava me moldando. Moldando meu caráter e meu ser. Ele sabia que eu podia me adaptar, mas...eu não!
Eu precisei ser provado, pra ouvir ao Senhor, e pra que sua sabedoria e graça fossem exaltadas! E, acima de tudo, pra descobrir o que continha meu coração!
