Senhor,
Sou uma casca vazia feita de pó, mas animada por uma alma racional, invisível, e renovada pelo poder de tua graça invisível.
Entretanto, não sou um objeto raro de grande valor, mas alguém que nada tem e nada é.
Embora escolhido por ti desde a eternidade, dado a Cristo e nascido de novo, estou profundamente convencido do mal e da miséria.
Do viver em pecado, da vaidade das criaturas, mas também da suficiência de Cristo.
Quando tu queres guiar-me, controlo a mim mesmo.
Quando tu queres ser soberano, governo a mim mesmo.
Quando tu tomas conta de mim, eu me basto.
Quando deveria depender de ti, supro eu as minhas necessidades
Quando deveria submeter-me a tua providência, obedeço a minha própria vontade.
Quando deveria amar, conhecer, honrar e confiar em ti, sirvo a mim mesmo.
Eu erro, modifico tuas leis para se ajustarem aos meus desejos.
Em vez de olhar para ti, busco a aprovação dos homens, e sou por natureza um idólatra.
Senhor, meu maior desejo é dar-te outra vez meu coração.
Convença-me de que não posso ser meu próprio deus, ou mesmo me fazer feliz, nem ser meu próprio Cristo para restaurar minha alegria, nem meu próprio Espírito para ensinar-me, guiar-me e governar-me.
Ajuda-me para que eu veja que tua graça opera isso.
Pelas aflições da vida, mandadas pela tua providência
Pois quando meu crédito é meu deus, tu me rebaixas.
Quando as riquezas são meu ídolo, tu as afastas de mim.
Quando o prazer é tudo para mim, tu o transforma em amargura.
Tira de mim o apetite das riquezas, o ouvido curioso, o coração cobiçoso.
Mostra-me que nenhuma dessas coisas pode sarar a consciência enferma, ou dar firmeza a uma estrutura vacilante, ou sustentar um espírito combalido.
Então, leva-me para cruz e deixe-me lá.
***Mensagem recebida de nossa amiga e irmã em Cristo, Silvana Ramos.