· Estafa, fadiga e canseira dos componentes do grupo
Aqui é bom discutir primeiramente a canseira física. Davi foi
bastante sábio quando estabeleceu que cada grupo de louvor ficaria
apenas uma hora no templo cantando e adorando a Deus (Veja 1 Crônicas
25). Mais de uma hora e começa a canseira. Imagine os músicos que às
vezes tocam em vários cultos no mesmo dia!
Existe também um tipo de situação que deixa os músicos abatidos. Eles se
esforçam em fazer o melhor para Deus, mas a liderança pastoral não
contribui adquirindo o equipamento que eles precisam. Existem pastores
que não sabem investir numa boa aparelhagem de som, em retornos para a
plataforma, numa boa bateria acoplada à mesa de som, teclados,
instrumentos, etc. E essas coisas deixam os músicos desanimados! Nos
dias de Neemias os levitas encarregados do serviço do templo,
sentiram-se desanimados e foram cada um para sua cidade (Ne 13.10).
Foram abandonados pela liderança!
Sinto pena de alguns grupos de dirigentes de louvores que fazem o melhor
que podem, mas não são correspondidos pela liderança da igreja. É
triste quando se tem que fazer "muletas" ou festinhas e almoços para se
angariar fundo para equipar a igreja de bons instrumentos e de um bom
sistema de som. Isso jamais deveria ocorrer. A igreja deve contribuir e o
tesoureiro abrir o cofre! Não é sem razão que muitos de nossos músicos
"fogem" para os campos como aconteceu com os levitas no tempo de
Neemias. O desânimo e a canseira, são obstáculos ao mover de Deus nas
reuniões da Igreja!
· Estafa, fadiga e canseira da congregação
E a análise tem que ser feita no âmbito físico e espiritual. No
âmbito físico, o povo pode andar emocionalmente abalado por problemas na
congregação e no âmago espiritual o povo pode estar desgastado
espiritualmente. O que desgasta espiritualmente uma congregação? Tempo
muito prolongado no louvor; pregações muito grandes. Exigências
demasiadas para que ofertem e contribuam além de suas posses. Falta de
variedade nos temas bíblicos pregados, etc.
Uma congregação que não tem expectativa do que vai ocorrer no culto e
que já sabe na ponta da língua o que vem a seguir passa a viver dentro
de uma rotina; e rotina cansa, tortura, mata e massacra espiritualmente a
igreja. Quando o povo não tem mais expectativa de que algo novo pode
ocorrer, alguma coisa está errada com a liderança pastoral. A ausência
de milagres, de manifestações do Espírito Santo, de uma palavra viva, de
conversões, de libertação deixam a igreja fadigada espiritualmente.
Consequentemente o louvor não flui. Pode-se ter a melhor e mais treinada
equipe de música, os melhores equipamentos, que nada ocorrerá! Lindos
corais, muita coreografia e poucos resultados espirituais!
"Algo novo vai acontecer; algo bom Deus tem pra nós; reunidos aqui, só pra louvar ao Senhor", diz o cântico traduzido do inglês.
Deus é a fonte da motivação. Nos dias de Neemias o povo ofereceu grandes sacrifícios
"e se alegraram; pois Deus os alegrara com grande alegria; também as
mulheres e os meninos se alegraram, de modo que o júbilo de Jerusalém se
ouviu até de longe" (Ne 12.43; 8.9-12).
Donald Stoll escreveu o cântico, "Lançarei fora o espírito pesado; me
vestirei com as vestes do louvor; e assim eu entrarei na presença do
Senhor".
· A congregação vive alienada com tudo o que está ocorrendo
É possível que a turma do louvor esteja consagrada a Deus, jejuando,
orando, estudando, ensaiando e chegue nos cultos com todo gás, mas a
congregação não corresponde, porque não jejua, não ora, não estuda nem
se consagra a Deus! São os alienígenas dominicais!
Davi, os sacerdotes e os levitas bem como grande parte do povo estavam
participando de um grande avivamento espiritual. Desde os dias de Samuel
não se experimentava um tipo de avivamento como o daqueles dias.
Música, danças, ministrações, o reino se firmando, mas Mical, estava
alienada de tudo! Enquanto Davi dançava com todas as suas forças,
enquanto os sacerdotes tocavam as trombetas e sacrificavam e o povo
jubilava, Mical desprezou tudo aquilo em seu coração. Ela desprezou a
Davi (2 Sm 6.14-23).
Mical representa algumas igrejas que ficam estéreis por toda vida por
desprezarem o que Deus está fazendo em seu meio. Uma igreja estéril não
frutifica, ano após ano continua igual. Engorda e envelhece sem gerar
filhos! (Ver ainda 1 Crônicas 15.28,29).
· Cânticos difíceis de serem entoados pela congregação
Cânticos com letras truncadas, sem fluência poética, sem métrica;
músicas cuja linha melódica é difícil de ser acompanhada, sem definição,
etc. Há cânticos antigos com melodias difíceis de serem entoadas mas
que têm definições, como Ao Deus de Abrão Louvai, Castelo Forte, e no
entanto, muitos dos novos cânticos têm uma melodia indefinida, truncada;
e cânticos assim impedem o fluir do verdadeiro louvor.
Nossos dirigentes de louvores precisam entender que nem todos os
cânticos são congregacionais. Alguns cânticos são escritos para
solistas, outros para corais, e outros, sim, para serem cantados por
toda a congregação. O que percebo é que muitos dos cânticos trazidos
para a congregação não servem para serem cantados por todos, e sim por
solistas. Nem tudo o que aparece no mercado musical deve ser usado pela
igreja. Isto pode ser evitado, escolhendo-se cânticos próprios para o
povo cantar Um bom líder saberá definir o que o povo deve cantar.
Outra coisa boa de se fazer é escolher cânticos de vários autores, e não
apenas de um só compositor, pois estes têm a tendência de viciar-se na
mesma linha melódica. Ouvir um Cd com músicas de um mesmo autor, às
vezes, é enfadonho.
"Então cantou Israel este cântico: Brota, ó poço! Entoai-lhe cântico!" (Nm 21.17).
Se todo Israel cantou, por certo era de fácil compreensão e melodicamente aceito.
"Então entoou Moisés, e os filhos de Israel, este cântico ao Senhor, e
disseram: Cantarei ao Senhor,, porque triunfou gloriosamente" (Ex
15.1).
Novamente um cântico acessível a todos.
Texto extraído do portal Nova Sião
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