"O Espírito Santo é o maior líder de louvor!"

sexta-feira, dezembro 23, 2011

Por Que Os Justos Sofrem? - Parte 1

Por David Wilkerson
26 de setembro de 1988
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Um médico muito bom, amigo meu, uma vez me contou como Deus o colocou na “escola da simpatia”. Ele tinha muito pouca empatia pelas pessoas que se queixavam de dores. Os médicos vêem e ouvem tanto a respeito de dor que freqüentemente se tornam imunes a isso. Ele não entendia porque os pacientes com cálculos renais, por exemplo, gritavam de dor. Ele achava: “Não é tanto assim - eles devem estar exagerando um pouco - talvez só para serem medicados. Como é que pode doer tanto assim?” E aí um dia ele acordou com pedras nos rins! A dor era bem como diziam que ela era; ele precisou de remédios para agüentar. Foi terrível! Agora, o meu amigo médico tem uma simpatia genuína pela dor dos seus pacientes.
Eu li algumas cartas que a minha esposa Gwen recebe de mulheres que sofreram mastectomia ou que precisam fazer exames devido a um caroço nos seios. Elas sabem que Gwen sobreviveu a cinco operações de câncer - as suas mastectomias acabaram há sete anos atrás. Estas senhoras choram em busca de simpatia (faculdade que alguns têm de compartilhar as tristezas ou alegrias - de outrem) e de esperança. Gwen guarda estas cartas como ouro. Para ela, estas mulheres que enfrentam lutas são como estudantes do sofrimento - e ela tem freqüentado a escola de simpatia de Deus. Ela enfrentou sofrimentos e dores, e agora pode oferecer conforto, esperança, e força. Gwen conhece a agonia de se acordar com curativos e de sentir-se desfigurada.
Há uma escola de simpatia do Espírito Santo, que é constituída de santos testados que sofreram grandemente. Eles foram sacudidos de todos os lados, tentados, provados, testados, maltratados. A Bíblia fala da “comunhão dos Seus sofrimentos” (Filip. 3:10). É uma comunhão de sofrimento compartilhado: sofrimento profundo, misterioso; provações e testes insondáveis. Esta é uma escola que Jesus fundou e determinou o currículo. Ele provou que é possível cursá-la, suportá-la e se graduar como vencedor. Não nos formaremos enquanto também não nos glorificarmos!
Jesus suportou angústia mental e física - Ele foi rejeitado, alvo de desconfianças, insultado, zombado, alvo de risos. Conheceu o significado de se estar só, faminto, pobre, não amado, envergonhado, ser objeto de pilhérias, difamações. Foi chamado de mentiroso, enganador, falso profeta. Foi humilhado; a sua própria família não O compreendeu; seus amigos mais de confiança perderam a fé nEle; seus próprios discípulos O abandonaram e fugiram, um deles até negou que O conhecesse. Por fim, cuspiram nEle, zombaram dEle e O assassinaram! “...Deus...anunciara por boca de todos os profetas: que o seu Cristo havia de padecer” (Atos 3:18). Jesus tem a faculdade de compartilhar todas as nossas dores e o nossos sofrimentos porque passou por tudo isto. “Porque não temos sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; antes, foi ele tentado em todas as cousas, à nossa semelhança, mas sem pecado.” (Hebreus 4:15).
O meu objetivo com esta mensagem é lhe prevenir para não ficar transtornado pelos problemas e pelo sofrimento de sua própria vida, ou por aquilo que vê nas vidas de muitas pessoas piedosas em torno. Você pode amar Jesus agora mais do que nunca anteriormente, e não entender o porquê de estar enfrentando tanto sofrimento e tantas dores. Você pode estar seguro de que Deus possui um propósito divino por trás de cada provação, por trás de cada sofrimento que você está enfrentando neste instante!
Paulo tinha um grande interesse em que os cristãos não se abalassem pelos sofrimentos que viam na vida dele. Ele sabia que a sua vida era um espetáculo, um aquário de peixes! Os judeus acreditavam que se Deus se agradasse de você, então seria sempre abençoado e nunca sofreria. Paulo não desejava que os convertidos ficassem confusos com todos os problemas que fervilhavam sobre ele. Poucos homens sofreram mais do que Paulo. Lembre-se do que Ananias profetizou para ele logo após sua conversão: “...porque este é para mim um instrumento escolhido para levar o meu nome perante os gentios e reis, bem como perante os filhos de Israel; pois eu lhe mostrarei quanto lhe importa sofrer pelo meu nome” (Atos 9:15-16).
Informes sobre os grandes sofrimentos de Paulo espalharam-se por todas as igrejas. Muitos dos convertidos e dos mestres judaizantes ainda se apegavam às tradições dos judeus, de que todo sofrimento é um sinal do desagrado de Deus. Então Paulo enviou Timóteo para a igreja em Tessalônica e disse: “a fim de que ninguém se inquiete com estas tribulações. Porque vós mesmos sabeis que estamos designados para isto; pois, quando ainda estávamos convosco, predissemos que íamos ser afligidos, o que, de fato, aconteceu e é do vosso conhecimento” (I Tessal. 3:3-4). Também diz aos efésios: “...vos peço que não desfaleçais nas minhas tribulações...” (Efésios 3:13).

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