"O Espírito Santo é o maior líder de louvor!"

terça-feira, janeiro 15, 2013

O Perfil de um Líder de Adoração - Parte 4/4

· Hinos difíceis de serem tocados pelos músicos da igreja
Convenhamos: nem toda igreja tem músicos profissionais. A maioria de nossos conjuntos é feita de gente que se esforça, que quer aprender, que se esmera no que faz, mas não é formada em música. Consequentemente, determinadas músicas podem se tornar difíceis de serem executadas. Agregue-se a isso o fato de que muitos dos hinos modernos traduzidos do inglês ou gerados em solo estrangeiro são "incantáveis" pela média de nosso povo e "intocáveis" por nossos músicos! A começar pelas péssimas traduções ou versões em que, procurando ser fiéis à letra do idioma original os tradutores colocam diante de nós letras truncadas, sem poesia e sem beleza alguma!
Muitas vezes visitando pequenas e grandes congregações pelo Brasil percebo a dificuldade dos músicos e dos irmãos que querem cantar músicas do Alvin, do Ron Kenoly, etc. São músicas que os americanos cantam muito bem em seus shows musicais, mas difíceis de serem tocadas por nossos músicos e cantadas pela igreja!
"Entoai-lhe novo cântico, tangei com arte e com júbilo" (Sl 33.3)
· Falta de sensibilidade dos músicos e dos dirigentes ao Espírito Santo
Não se pode escolher cânticos só porque gostamos daquele estilo, ou de sua melodia e letra. Precisamos estar atentos ao que o Espírito Santo quer para o culto da igreja. Muitas vezes um cântico começa a fluir deixando a igreja livre na presença de Deus, mas na lista do dirigente tem um outro que vem a seguir e, ele na ânsia de aproveitar o tempo e cantar todos aqueles hinos, tira a igreja do trilho certo. Um culto pode fluir em Deus com poucos ou com muitos cânticos. O bom culto não precisa que o dirigente fique dando manivela. Ele começa bem e termina melhor ainda!
Davi ouvia a Deus:
"Uma vez falou Deus, duas vezes ouvi isto: Que o poder pertence a Deus" (Sl 62.11).

A abundância de cânticos, salmos e palavra era tanta que Paulo pergunta: "Que fazer, pois, irmãos....?" (1 Co 14.26). Como Paulo que queria ir para um lugar e o próprio Espírito o impedia, pode ocorrer também com os dirigentes de louvor: eles querem seguir numa direção, mas o Espírito Santo tem outra bem melhor (At 16.6-10).
· Falta de resposta da congregação ao dirigente
Não estou de forma alguma repetindo o item 4. Naquele caso é a falta de entrosamento entre o dirigente e a congregação. Nesse caso, o dirigente é excelente, mas a congregação não responde à altura o que o dirigente pretende. O dirigente está afinado, sensível a Deus, mas a congregação não corresponde ao que ele quer. Você deveria ver o que diz o Salmo 98. Ou o Salmo 103.19-22 onde o autor propõe aos anjos, aos ministros, às obras de Deus que levantem a voz em louvor, o Todo-Poderoso!
Geralmente isto ocorre quando o avivamento na igreja não atinge a todos. Costumo dizer que houve um avivamento departamental. O pessoal do louvor anda a mil, mas a congregação reage a passos de lesma! Os jovens estão "pegando fogo" enquanto os demais sentam-se em bancos de geladeira.
· Falta de motivação da Igreja
Deus deve ser o grande Motivador da Igreja. Como diz Davi:
"Tu és motivo para os meus louvores constantemente" Salmos 71.6.
Ou como ele afirmou noutro lugar:
"Os teus decretos são motivo dos meus cânticos, na casa da minha peregrinação (Sl 119.54).
Davi instituiu a ordem levítica de adoração, baseado unicamente em Deus e nos seus gloriosos feitos (1 Cr 16.7-12).
A motivação da igreja é Deus e não a música bonita, os bons músicos, os ótimos instrumentos e um ambiente propício de adoração. Vitrais coloridos e paramentos servem de inspiração para a carne, mas o verdadeiro louvor flui quando Deus é a fonte de todas as coisas! Deus é o grande inspirador e motivador. E o louvor pode fluir muito bem num antigo depósito transformado em lugar de culto sem muitos instrumentos musicais. Melhor ainda quando uma congregação tem tudo o que falei e tem também a Deus como inspirador de seus louvores.
· Alienação total dos dirigentes, músicos e pastores
Com freqüência observo que os pastores costumam ficar totalmente alienados com o que está ocorrendo no culto. Se os pastores estiverem alienados, nada ocorrerá com a igreja. Às vezes quando prego em algumas igrejas observo que os pastores ficam durante o tempo de louvor atendendo o celular, falando com algum obreiro, resolvendo questões da igreja completamente à parte do que está ocorrendo no culto. Um pastor chegou a dizer-me assim: "Pode chegar lá pelas oito e meia, na hora de pregar, porque a primeira parte é dos jovens. Eles dirigem os louvores". Fiz questão de chegar bem cedo para ter um tempo de oração com aqueles valorosos guerreiros determinados a levar a igreja a mover-se em Deus. Pena que logo a seguir, o "bombeiro", como eles dizem, chega e apaga o fogo!
Estude esses temas com os músicos de sua igreja e ampliem-no com problemáticas de sua própria congregação. Um participante de nosso seminário chegou a contabilizar "20 obstáculos porque o louvor não flui...".

 
Autor: João A. de Souza Filho
Autor da trilogia: O Ministério de Louvor da Igreja; O Louvor e a Edificação da Igreja e Ministério de Louvor: Revolução na Vida da Igreja, todos editados pela Editora Betânia de Belo Horizonte.

Texto estraído do portal Nova Sião

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